A Associação Nacional de Bancos de Investimento (Anbid) realizou, esta semana, em São Paulo, o 5º Congresso de Fundos de Investimentos e o tema principal, claro, foi a crise. Mais uma vez a idéia geral caminhou para o consenso de que ninguém sabe como ou quanto exatamente sairemos do buraco, mas com certeza, sairemos bem diferentes de como éramos quando entramos. Entre os palestrantes do Congresso estava Ilan Goldfajn, do Itaú Unibanco. “Não voltaremos a ser como antes”, disse. Luiz Carlos Mendonça de Barros, da Quest Investimentos e ex-presidente do BNDES, foi mais longe. Ele prevê um novo equilíbrio da ordem econômica global na próxima década. É mais ou menos o que eu penso. Os anos 2000 representam uma época de transição para uma nova era histórica. Nos últimos anos, consolidamos a globalização, a convergência de mídias se estabeleceu e a internet explodiu. Da mesma forma, as relações de produção e de trabalho mudaram completamente. Faltava um marco econômico importante para consolidar a nova era. Agora, não falta mais. Para nós que vivemos o momento é difícil ter a real dimensão do que atravessamos. Penso que daqui a uns cem anos, se sobrevivermos às mudanças climáticas, os historiadores saberão identificar precisamente o evento que marcará a nova era histórica. Mas a verdade é que uma nova ordem na geopolítica mundial está se estabelecendo. Países emergentes como o Brasil e a Índia cimentam a sua importância na economia global. A China assume aos poucos o papel de grande potência, enquanto os Estados Unidos perdem importância. A velha Europa fica cada vez mais para trás. Se formos inteligentes, esse é momento exato para o Brasil migrar finalmente da condição de país em desenvolvimento para a de nação desenolvida. As oportunidades estão postas.
Wednesday, May 27, 2009
Nada será como antes
Posted by Simone Romero at 6:55 AM
Labels: crise mundial, economia
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