Acabei de conversar com uma grande amiga jornalista, que me lembrou um aspecto importante sobre a postagem aí de baixo.
"Mas Simone, será que alguém que participou da coletiva fez essas perguntas que você fez no texto aos secretários?"
Bingo! É verdade.
É óbvio que o governo sabe exatamente quanto vai enxugar das despesas. Em nenhum momento me passou pela cabeça que não soubesse. E essa informação deveria estar lá, esperando para ser liberada no momento que houvesse a pergunta.
Continuo achando que essa informação deveria ter sido repassada à sociedade independente da provocação dos jornalistas.
Mas devo concordar, também, que infelizmente os jornalistas do nossa terra perguntam cada vez menos.
E quando se trata de um assunto que envolve números a coisa piora um pouco.
Está na hora de nós jornalistas voltarmos aos fundamentos de nossa profissão. E um deles é perguntar sempre.
Questionar é a alma de um bom texto porque quanto mais perguntamos, mais entendemos e melhor somos capazes de produzir uma matéria realmente esclarecedora.
Estimular o debate, confrontar idéias, oferecer a informação sobre diferentes ângulos são essenciais para o bom jornalismo.
E são também, artigos em falta -devo admitir com tristeza - no cotidiano das coberturas jornalísticas.
Há muito de responsabilidade do modus operandi - vamos chamar assim - das grandes empresas sobre a forma como as matérias vêm sendo produzidas hoje.
Mas há também uma parcela de responsabilidade individual de cada jornalista com o trabalho que executa que não pode ser deixada de lado.
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