O prêmio Nobel de Economia Paul Krugman é um dos meus gurus. Tanto assim, que o blog dele no NY Times está encarapitado aí do lado, juntinho do Quinta Emenda. Leio diariamente e recomendo.
Ele tem, junto com outras leituras, me facilitado a compreensão da crise econômica atual.
Recentemente ele postou um gráfico muito interessante comparando a evolução da economia durante a crise de 29 com a situação atual.
Como é possível ver e o próprio Krugman diz na postagem, antes que a economia mundial começasse de fato a se recuperar e enquanto ainda estava caminhando para o fundo do poço, o mundo apresentou vários picos de crescimento que foram imediatamente anunciados - todos eles, sem exceção - como o "início da recuperação".
Penso que é isso exatamente o que ocorre hoje. E tem muita gente boa concordando comigo. O grande medo atual é a possibilidade de ainda não termos chegado ao fundo.
Tenho ouvido muitos comentários sobre a crise. É um assunto que me interessa. Alguns são de amargar.
Ontem mesmo, chegando em casa ,liguei a TV e lá estava o tal do Jô Soares e as "Meninas do Jô"- tudo força de expressão,é claro.
Uma delas - É um grave defeito meu e quem me conhece sabe disso muito bem: tenho problemas com nomes -, não lembro quem (só lembro que usava uma blusa verde horrorosa com uma segunda pele preta por baixo. Uma combinação absolutamente nada a ver com a idade que me fez pensar nos modelitos usados por.... ai, ai, ai, deixa eu voltar para o assunto original).
Pois bem, uma delas tascou um discurso em defesa do Estado Mínimo. O governo não deve interferir em nada.
Então, tá. Fica combinado assim: o governo não interfere em nada, os operadores financeiros fazem o que querem e depois se distribui a conta do prejuízo para a população pagar, não é?
A ideia de um mercado totalmente livre e auto-regulamentado - sinto informar, "menina do Jô" - acabou de se esfacelar. Ficou provado que ela só vale quando não existem grandes atores econômicos envolvidos. Quando os grandes começaram a quebrar, nós começamos a pagar a conta.
É preciso, é claro, salvá-los para evitar um mal maior. Mas é preciso, também, começar a colocar alguns limites nessas crianças desordeiras para acabar com a bagunça. Desliguei a TV com a certeza de que temos muito mais a aprender com a "Super Nanny" do que com o "Programa do Jô".
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