Pouca gente reparou, mas uma batalha importante está se travando dentro do governo com o cenário de súbita apreciação do real.
A batalha coloca em lados opostos – novamente, diga-se de passagem – o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda Guido Mantega.
Antes de falar do duelos entre esses dois titãs, vamos analisar porque o dólar está tão desvalorizado. Primeiro é preciso entender que o valor das moedas obedece à lei da oferta e da demanda tal qual uma mercadoria qualquer.
Então, se há pouco dinheiro em circulação, a tendência é de valorização desta moeda. No sentido inverso, a desvalorização acontece quando há uma quantidade muito grande de dinheiro circulando.
E é isso que está acontecendo com o dólar nesse momento. OBrasil foi invadido por uma enxurrada de dólares.
Hoje inclusive tem uma reportagem no jornal espanhol El País cujo título é “Brasil volta a ser o paraíso dos investimentos estrangeiros”. A entrada de dólares no mês de abril duplicou em relação ao mês anterior.
Mas para onde está indo essa dinheirama toda? Infelizmente, não é para a economia real, na forma de novas indústrias ou obras de infra-estrutura.
Os dólares que entram sem parar no Brasil estão indo, todos, para o mercado financeiro. Com uma Selic de 10,25%, que pode chegar a 9%, o País ainda mantém uma das taxas de juros mais altas do mundo e como diz o repórter do El País
"seguem sendo apetitosos para os investidores ".
E e aí que está o grande problema.
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